De repente Deus me parece tão distante…
tão imenso, tão perfeito, tão inatingível…
Sou tão pequeno, tão longe da perfeição.
E é com muita humildade que me dirijo a Ele, buscando alcançá-Lo com minhas preces sinceras.
Fecho os olhos e pareço vê-Lo.
Não, é uma ilusão… E me sinto tão só.
Ouvi dizer que é nas coisas simples que Ele está.
Que vive dentro de mim.
E procuro tocá-Lo, cada vez em que penso estar agindo conforme Seu agrado.
Mas não percebo nada.
Nenhuma luz a me ofuscar a vista,
nenhum arrebatamento ou sensação incomum.
Então penso: Não sou digno Dele
e por isso não Se apresenta a mim.
Hoje percebi que esta busca é inútil.
Ou mais do que isso: desnecessária.
Deus não se alcança, se apreende.
Não será num dia longínquo que nosso encontro se dará.
A separação nunca existiu.
A não ser nos meus enganos.
Basta que eu esteja consciente no meu agir,em profunda conexão com aquilo que faço e Ele estará ali.
Os momentos em que me distancio são aqueles em que me desvinculo de mim mesmo e meus atos se tornam mecânicos, automáticos.
Mas, no mesmo instante em que restauro a ponte, sua presença se torna incontestável.
Quando viver é fruto do sentir e o sentir abre novas possibilidades para perceber o atendimento às necessidades do outro como um trabalho que precisa ser feito, por pura lei de compensação,
então Deus vive nestes atos.
E não será preciso procurá-Lo.
Nem Ele virá ao nosso encontro porque nunca saiu dali.
Não penses que o teu encontro com Deus
está marcado para o dia em que fores melhor e mais perfeito.
Ele acontece todos os dias, em todos os momentos da tua vida.
Abra os olhos e perceberás.
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